LUGAR DE MEMÓRIAS destina-se a registar e partilhar memórias, lembranças, recordações, sob a forma de textos e de imagens relevantes para os seus autores. É um arquivo que decorre do trabalho desenvolvido na oficina de Escrita e Memórias, da Universidade Douro Cultura da Foz, no ano lectivo de 2015/16. Este blog não exige a adopção do novo acordo ortográfico.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
JANELA SURPREENDENTE
JANELA SURPREENDENTE
O dia estava frio, húmido e cinzento,
ambiente natural para a época do ano, o inverno, não propiciava passeios a pé
pela zona histórica da cidade, mas era mais um sábado e tínhamos por hábito
percorrer calmamente o velho casco burguês à procura da cidade surpreendente!
Eis senão quando deparamos, no
seio de uma rebocada, suja, vulgar e desajeitada parede uma janela cujo vidro, serpenteado
de pequeníssimas gotículas de humidade, mais parecia um espelho ao relento.
Olhámos atentamente e balbuciámos,
em uníssono, que o reflexo do casario oitocentista projetado naquele vidro, que
rematava aquela janela, mais parecia um quadro a aguarela!
O destino converteu assim a insólita
e singela janela, despida dos habituais adereços, numa digna e bela obra de
arte.
A galega de Castro
Os recônditos da memória
Da obra: Os recônditos da memória
De: Prímula Matinal
A obra decorre em Paris. Pascal, arquitecto urbanístico em ascensão, ela, Antoinette, assistente social, encontram-se num bar e descobrem que têm um hábito comum: visitar ruínas. Depois das primeiras apresentações, normalmente defensivas, um copo e mais outro de Ricard, levou Pascal a exibir a foto de umas ruínas de casario antigo, de pedra viva, que fotografou bem perto da Sainte Chapelle. Antoinette é desafiada a 'assomar à janela' que se encontra em primeiro plano. E, Pascal, assiste enlevado à história que ela engendra...
De: Prímula Matinal
A obra decorre em Paris. Pascal, arquitecto urbanístico em ascensão, ela, Antoinette, assistente social, encontram-se num bar e descobrem que têm um hábito comum: visitar ruínas. Depois das primeiras apresentações, normalmente defensivas, um copo e mais outro de Ricard, levou Pascal a exibir a foto de umas ruínas de casario antigo, de pedra viva, que fotografou bem perto da Sainte Chapelle. Antoinette é desafiada a 'assomar à janela' que se encontra em primeiro plano. E, Pascal, assiste enlevado à história que ela engendra...
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
Cadavre Exquis
Por um momento aquela mulher sentada na sombra do alpendre da sua casa, mirando a
paisagem, relembra com animação quão inesquecível foi a aventura da sua última viagem.
Ao olhar pela janela naquele instante da viagem senti uma impressão de aventura que faz com que nunca tenha esquecido aquele momento.
A memória analógica da viagem com a mulher, além da paisagem, a pressão do contacto.
Um bilhete para a viagem vai levar-me numa aventura num lugar onde o momento me leva a pensar na asa de uma ave que me olhava e levantei-me da cadeira.
Um homem e uma mulher olharam uma memória que tinham em casa do primeiro olhar que trocaram. A luz e a cor estavam lá.
Um homem e uma mulher estavam à janela a ver a paisagem; a rua despertou-lhes a vontade de realizar uma viagem, de viver uma aventura.
Ao ver o filme que fiz na viagem, aquela imagem, cheia de cor de luz, de lugares que ficarão para sempre na minha memória, pareceu-me o contacto com o passado.
Estava numa exposição, a ver fotografias a preto e branco e a cor quando entrei no estúdio cheio de luz e de sombra.
Nunca mais esquecerei o registo da imagem daquele lugar, naquele momento, da mulher à
sombra na paisagem, que me marcou para sempre.
Recordo o tempo em que por uma perspectiva nova retinha na memória a exposição da luz e da sombra que a objectiva da kodak fixava num disparo e formava um retrato.
O branco das nuvens lembra algodão; o preto no retrato traz-me à memória a ideia de desgraça, homem e mulher na moldura.
Com a minha velha kodak fotografei um homem e uma mulher naquela janela; na sombra do fim da tarde o seu olhar resplandecia a luz da eterna felicidade.
Nesta casa, com o meu telemóvel que tem câmara fotográfica digital, com a luz branca das janelas consegui tirar uma imagem positiva do momento presente.
Eu sou muito negativa, vejo tudo a preto e com muitas sombras, vivo sem pressão e fecho-me bastante; no fundo, a minha textura é péssima.
Ao olhar pela janela naquele instante da viagem senti uma impressão de
aventura que faz com que nunca tenha esquecido aquele momento. Nesta casa,
com o meu telemóvel que tem câmara fotográfica digital, com a luz branca das
janelas consegui tirar uma imagem positiva do momento presente. Por um
momento aquela mulher sentada na sombra do alpendre da sua casa, mirando a
paisagem, relembra com animação quão inesquecível foi a aventura da sua última
viagem.
Um bilhete para a viagem vai levar-me numa aventura num lugar onde o
momento me leva a pensar na asa de uma ave que me olhava e levantei-me da
cadeira. Um homem e uma mulher estavam à janela a ver a paisagem; a rua
despertou-lhes a vontade de realizar uma viagem, de viver uma aventura. Com a
minha velha kodak fotografei um homem e uma mulher naquela janela; na sombra
do fim da tarde o seu olhar resplandecia a luz da eterna felicidade.
Um homem e uma mulher olharam uma memória que tinham em casa do
primeiro olhar que trocaram. A luz e a cor estavam lá. Eu sou muito negativa, vejo
tudo a preto e com muitas sombras, vivo sem pressão e fecho-me bastante; no
fundo, a minha textura é péssima. O branco das nuvens lembra algodão; o preto
no retrato traz-me à memória a ideia de desgraça, homem e mulher na moldura.
Recordo o tempo em que por uma perspectiva nova retinha na memória a
exposição da luz e da sombra que a objectiva da kodak fixava num disparo e
formava um retrato. A memória analógica da viagem com a mulher, além da
paisagem, a pressão do contacto.
Estava numa exposição, a ver fotografias a preto e branco e a cor quando
entrei no estúdio cheio de luz e de sombra. Ao ver o filme que fiz na viagem,
aquela imagem, cheia de cor de luz, de lugares que ficarão para sempre na minha
memória, pareceu-me o contacto com o passado. Nunca mais esquecerei o registo
da imagem daquele lugar, naquele momento, da mulher à sombra na paisagem,
que me marcou para sempre.
paisagem, relembra com animação quão inesquecível foi a aventura da sua última viagem.
Ao olhar pela janela naquele instante da viagem senti uma impressão de aventura que faz com que nunca tenha esquecido aquele momento.
A memória analógica da viagem com a mulher, além da paisagem, a pressão do contacto.
Um bilhete para a viagem vai levar-me numa aventura num lugar onde o momento me leva a pensar na asa de uma ave que me olhava e levantei-me da cadeira.
Um homem e uma mulher olharam uma memória que tinham em casa do primeiro olhar que trocaram. A luz e a cor estavam lá.
Um homem e uma mulher estavam à janela a ver a paisagem; a rua despertou-lhes a vontade de realizar uma viagem, de viver uma aventura.
Ao ver o filme que fiz na viagem, aquela imagem, cheia de cor de luz, de lugares que ficarão para sempre na minha memória, pareceu-me o contacto com o passado.
Estava numa exposição, a ver fotografias a preto e branco e a cor quando entrei no estúdio cheio de luz e de sombra.
Nunca mais esquecerei o registo da imagem daquele lugar, naquele momento, da mulher à
sombra na paisagem, que me marcou para sempre.
Recordo o tempo em que por uma perspectiva nova retinha na memória a exposição da luz e da sombra que a objectiva da kodak fixava num disparo e formava um retrato.
O branco das nuvens lembra algodão; o preto no retrato traz-me à memória a ideia de desgraça, homem e mulher na moldura.
Com a minha velha kodak fotografei um homem e uma mulher naquela janela; na sombra do fim da tarde o seu olhar resplandecia a luz da eterna felicidade.
Nesta casa, com o meu telemóvel que tem câmara fotográfica digital, com a luz branca das janelas consegui tirar uma imagem positiva do momento presente.
Eu sou muito negativa, vejo tudo a preto e com muitas sombras, vivo sem pressão e fecho-me bastante; no fundo, a minha textura é péssima.
Ao olhar pela janela naquele instante da viagem senti uma impressão de
aventura que faz com que nunca tenha esquecido aquele momento. Nesta casa,
com o meu telemóvel que tem câmara fotográfica digital, com a luz branca das
janelas consegui tirar uma imagem positiva do momento presente. Por um
momento aquela mulher sentada na sombra do alpendre da sua casa, mirando a
paisagem, relembra com animação quão inesquecível foi a aventura da sua última
viagem.
Um bilhete para a viagem vai levar-me numa aventura num lugar onde o
momento me leva a pensar na asa de uma ave que me olhava e levantei-me da
cadeira. Um homem e uma mulher estavam à janela a ver a paisagem; a rua
despertou-lhes a vontade de realizar uma viagem, de viver uma aventura. Com a
minha velha kodak fotografei um homem e uma mulher naquela janela; na sombra
do fim da tarde o seu olhar resplandecia a luz da eterna felicidade.
Um homem e uma mulher olharam uma memória que tinham em casa do
primeiro olhar que trocaram. A luz e a cor estavam lá. Eu sou muito negativa, vejo
tudo a preto e com muitas sombras, vivo sem pressão e fecho-me bastante; no
fundo, a minha textura é péssima. O branco das nuvens lembra algodão; o preto
no retrato traz-me à memória a ideia de desgraça, homem e mulher na moldura.
Recordo o tempo em que por uma perspectiva nova retinha na memória a
exposição da luz e da sombra que a objectiva da kodak fixava num disparo e
formava um retrato. A memória analógica da viagem com a mulher, além da
paisagem, a pressão do contacto.
Estava numa exposição, a ver fotografias a preto e branco e a cor quando
entrei no estúdio cheio de luz e de sombra. Ao ver o filme que fiz na viagem,
aquela imagem, cheia de cor de luz, de lugares que ficarão para sempre na minha
memória, pareceu-me o contacto com o passado. Nunca mais esquecerei o registo
da imagem daquele lugar, naquele momento, da mulher à sombra na paisagem,
que me marcou para sempre.
Num determinado dia de Outono
Num determinado
dia de Outono, uma mulher, trajada à moda da época: saia pelo tornozelo, casaco
preto cintado e muito comprido, levando uma carteira a tiracolo, chegava a casa
após um dia de árduo trabalho.
A sua casa
situa-se, numa rua do casco velho da cidade, numa “ilha” existente, ao lado de
uma casa, em que alguém, em redor duma porta, pintou admiravelmente uns
“grafitis”.
Ao fundo da
rua, no lusco-fusco do findar do dia, uns carros, de faróis acesos, aguardam
alguma ordem.
É
Sexta-feira 13 e um gato preto aparece ao lado da mulher. Mau agoiro!
Athena
Rua da Vitória 02-12-2015
Rua da Vitória 02-12-2015
Hum... cheira-me a cena. Lá vai ela, rapidinho. Sempre à mesma hora, pela tardinha. Só que hoje... paira coisa no ar. Não gosto daquele carrinho parado ali, do lado direito, assim como quem vou ali e volto já; e a barreira, para que é? para mim não é, de certeza. Até o pavão está hoje com má cara. Vou bazar para os lados do egídio. Arrivederci.
B de vitória
Hum... cheira-me a cena. Lá vai ela, rapidinho. Sempre à mesma hora, pela tardinha. Só que hoje... paira coisa no ar. Não gosto daquele carrinho parado ali, do lado direito, assim como quem vou ali e volto já; e a barreira, para que é? para mim não é, de certeza. Até o pavão está hoje com má cara. Vou bazar para os lados do egídio. Arrivederci.
B de vitória
quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
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