terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Cadavre Exquis

Por um momento aquela mulher sentada na sombra do alpendre da sua casa, mirando a
paisagem, relembra com animação quão inesquecível foi a aventura da sua última viagem.
Ao olhar pela janela naquele instante da viagem senti uma impressão de aventura que faz com que nunca tenha esquecido aquele momento.
A memória analógica da viagem com a mulher, além da paisagem, a pressão do contacto.
Um bilhete para a viagem vai levar-me numa aventura num lugar onde o momento me leva a pensar na asa de uma ave que me olhava e levantei-me da cadeira.
Um homem e uma mulher olharam uma memória que tinham em casa do primeiro olhar que trocaram. A luz e a cor estavam lá.
Um homem e uma mulher estavam à janela a ver a paisagem; a rua despertou-lhes a vontade de realizar uma viagem, de viver uma aventura.
Ao ver o filme que fiz na viagem, aquela imagem, cheia de cor de luz, de lugares que ficarão para sempre na minha memória, pareceu-me o contacto com o passado.
Estava numa exposição, a ver fotografias a preto e branco e a cor quando entrei no estúdio cheio de luz e de sombra.
Nunca mais esquecerei o registo da imagem daquele lugar, naquele momento, da mulher à
sombra na paisagem, que me marcou para sempre.
Recordo o tempo em que por uma perspectiva nova retinha na memória a exposição da luz e da sombra que a objectiva da kodak fixava num disparo e formava um retrato.
O branco das nuvens lembra algodão; o preto no retrato traz-me à memória a ideia de desgraça, homem e mulher na moldura.
Com a minha velha kodak fotografei um homem e uma mulher naquela janela; na sombra do fim da tarde o seu olhar resplandecia a luz da eterna felicidade.
Nesta casa, com o meu telemóvel que tem câmara fotográfica digital, com a luz branca das janelas consegui tirar uma imagem positiva do momento presente.
Eu sou muito negativa, vejo tudo a preto e com muitas sombras, vivo sem pressão e fecho-me bastante; no fundo, a minha textura é péssima.


Ao olhar pela janela naquele instante da viagem senti uma impressão de
aventura que faz com que nunca tenha esquecido aquele momento. Nesta casa,
com o meu telemóvel que tem câmara fotográfica digital, com a luz branca das
janelas consegui tirar uma imagem positiva do momento presente. Por um
momento aquela mulher sentada na sombra do alpendre da sua casa, mirando a
paisagem, relembra com animação quão inesquecível foi a aventura da sua última
viagem.
Um bilhete para a viagem vai levar-me numa aventura num lugar onde o
momento me leva a pensar na asa de uma ave que me olhava e levantei-me da
cadeira. Um homem e uma mulher estavam à janela a ver a paisagem; a rua
despertou-lhes a vontade de realizar uma viagem, de viver uma aventura. Com a
minha velha kodak fotografei um homem e uma mulher naquela janela; na sombra
do fim da tarde o seu olhar resplandecia a luz da eterna felicidade.
Um homem e uma mulher olharam uma memória que tinham em casa do
primeiro olhar que trocaram. A luz e a cor estavam lá. Eu sou muito negativa, vejo
tudo a preto e com muitas sombras, vivo sem pressão e fecho-me bastante; no
fundo, a minha textura é péssima. O branco das nuvens lembra algodão; o preto
no retrato traz-me à memória a ideia de desgraça, homem e mulher na moldura.
Recordo o tempo em que por uma perspectiva nova retinha na memória a
exposição da luz e da sombra que a objectiva da kodak fixava num disparo e
formava um retrato. A memória analógica da viagem com a mulher, além da
paisagem, a pressão do contacto.
Estava numa exposição, a ver fotografias a preto e branco e a cor quando
entrei no estúdio cheio de luz e de sombra. Ao ver o filme que fiz na viagem,
aquela imagem, cheia de cor de luz, de lugares que ficarão para sempre na minha
memória, pareceu-me o contacto com o passado. Nunca mais esquecerei o registo
da imagem daquele lugar, naquele momento, da mulher à sombra na paisagem,
que me marcou para sempre.

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