quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

JANELA SURPREENDENTE



JANELA SURPREENDENTE

O dia estava frio, húmido e cinzento, ambiente natural para a época do ano, o inverno, não propiciava passeios a pé pela zona histórica da cidade, mas era mais um sábado e tínhamos por hábito percorrer calmamente o velho casco burguês à procura da cidade surpreendente!
Eis senão quando deparamos, no seio de uma rebocada, suja, vulgar e desajeitada parede uma janela cujo vidro, serpenteado de pequeníssimas gotículas de humidade, mais parecia um espelho ao relento.
Olhámos atentamente e balbuciámos, em uníssono, que o reflexo do casario oitocentista projetado naquele vidro, que rematava aquela janela, mais parecia um quadro a aguarela!
O destino converteu assim a insólita e singela janela, despida dos habituais adereços, numa digna e bela obra de arte.

A galega de Castro

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