JANELA SURPREENDENTE
O dia estava frio, húmido e cinzento,
ambiente natural para a época do ano, o inverno, não propiciava passeios a pé
pela zona histórica da cidade, mas era mais um sábado e tínhamos por hábito
percorrer calmamente o velho casco burguês à procura da cidade surpreendente!
Eis senão quando deparamos, no
seio de uma rebocada, suja, vulgar e desajeitada parede uma janela cujo vidro, serpenteado
de pequeníssimas gotículas de humidade, mais parecia um espelho ao relento.
Olhámos atentamente e balbuciámos,
em uníssono, que o reflexo do casario oitocentista projetado naquele vidro, que
rematava aquela janela, mais parecia um quadro a aguarela!
O destino converteu assim a insólita
e singela janela, despida dos habituais adereços, numa digna e bela obra de
arte.
A galega de Castro
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