Viana Coimbra vivia em Manaus e tinha uma filha, a Augusta,
rapariga de tempera que gostava da festas e comidas picantes. À mesa,
os moleques alinhavam a taça de metal com manteiga assente em cubos de
gelo e outra de vidro transparente lapidado cheio de frescas malaguetas.
Trincava-as de forma provocatória, sem esgares, como se se tratasse de
doces tâmaras e só parava quando o rubor ultrapassava o tolerável a uma
rapariga prometida.
José, primo de Augusta,
inicia em 1920, em Portugal, seu país, uma carreira promissora como
empresário ligado à banca e aos transportes marítimos, o que o levou a
viagens sucessivas ao Brasil, levando sempre os seus pertences e bens de
mais valia, como se de um amuleto se tratasse, numa burra, antiga
arca de ferro de família, até que, um dia, se compromete com Augusta
culminando num banquete pomposo na Pensão Mericastro, na Foz.
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Prímula Matinal
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