Cruzamentos
banais
Naqueles
cruzamentos banais
De gente a
pé, na rua,
No café
preferido, no bar concorrido,
Na
marginal,
Voei para
ver
A mãe e o
menino a jogar contra o vento
Estudantes
sentados a branco e a preto
Pescadores
tisnados de tantos poentes
Mais
além
Namorados
enleados, contentes da vida
Gaivotas
dormentes no colo do rio
Pairei e
pousei
Fixei o
olhar
Na sombra e
no limo das pedras do cais
E aí ficaria
um tempo sem hora
Não fora
passar no meio de mim
A
violoncelista esgotada
com o saco
do Lidl, abandonada da pauta,
Esquecida de
si.
Levantei vôo
e parti.
Prímula
Matinal
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