Em parceria, retalhávamos e mediamos
peças “a grosso” de pano, fundamentalmente
lã, provenientes de fábricas inglesas e portuguesas, estas enraizadas em zonas
de profunda atividade agro-pastoril, encabeçadas pela secular cidade dos
lanifícios – a Covilhã – secundarizada pelo Fundão, Seia, Castelo Branco,
Portalegre e a região do Vale do Ave.
Simbolizamos a época áurea dos viajantes e suas malas contendo amostras
das últimas novidades em “tweed”, “escocês”, “princípe de gales”, “pied de
poule”, “flanela”, “feltro”, “angorá”. Eram cavaleiros imbuídos de espírito de
templário a calcorrear a Nação com afinco, almejando retorno ao armazém da Rua de Passos
Manuel, o “Porto de abrigo” corolário de negócio materializado.
No início das estações, em
frenesim, modistas de alta-costura e refinados alfaiates percorriam o soalho de
tábua trincada mirando os rolos das fazendas amontoadas na correnteza de
prateleiras ou em trânsito sobre as bancadas, na demanda dos últimos exclusivos!
Desde 1921, oriunda da Invicta, num
cenário mercantil, dia-a-dia, testemunhámos
aquela que foi uma atividade crucial no tecido desta urbe nortenha.
A Galega de Castro
Sem comentários:
Enviar um comentário