quarta-feira, 6 de janeiro de 2016








Foi pela passagem do exame de admissão ao liceu. Um menino que ia ser bom aluno (enfim, pressupunha-se) a primeira coisa que deve ter é um relógio - medir o tempo de estudo, gerir o tempo das aulas, dos testes e dos exames, das marchas forçadas, sabe-se lá. Afinal serviu para tantas outras coisas e pouco para nenhuma daquelas. A partir de certa altura o menino sentiu necessidade de um relógio, como direi, menos bem comportado, mais arrojado, mais desportivo, anti-choques (pelo menos físicos) e blindado às águas, dos mares, dos rios e de outras correntes que viessem. 
Alguém o usou então durante anos, talvez para guardar a imagem do menino que um dia, bem comportado, entrou no liceu. Voltou à minha mão, talvez para guardar a imagem de quem, naquele tempo, mo deu.

B de Vitória

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