quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

JÓIAS







Um discreto conjunto de anel e brincos, onde sobressaem as formas geométricas,

com incrustações do mágico mineral cristalino símbolo da paixão, desde sempre foi a

efígie da Mãe.

Haveria no seu guarda-jóias outros, quiçá detentores de mais ostentação e valia, mas

aqueles sempre me cativaram.

Nunca percebi se o motivo de tal atracção era a simplicidade, delicadeza e simultânea

robustez das próprias peças de per si ou se essas características eram somente as do
ser que as usufruía. Curioso é que esta dual sensação umbilical se vai perpetuando,

apesar da definitiva ausência do elemento humano...

Em momentos paradoxais onde paira a nostalgia mesclada com uma imensa e

assertiva vontade de mudança na encenação como figurante principal, instiga-me,

como que um “flash”, ao uso destes enfeites!

A Galega de Castro

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